Friday, March 21st, 2025

Bob Iger traz excelente notícia para os investidores da Disney

A Walt Disney (DIS -1,43%) acaba de divulgar seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano fiscal de 2025, encerrado em 28 de dezembro. A receita totalizou US$ 24,7 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro diluído por ação foi de US$ 1,40, um salto de 35%. Esses números superaram as expectativas dos analistas de Wall Street.

Porém, além desses resultados positivos, há um dado ainda mais animador para os acionistas da empresa. O CEO Bob Iger compartilhou informações que reforçam a perspectiva otimista para o futuro da Disney.

Rumo ao futuro

No primeiro trimestre de 2025, a divisão de streaming direto ao consumidor (DTC) da Disney, que inclui o Disney+ e o Hulu, registrou um lucro operacional de US$ 293 milhões. Esse número representa uma melhora significativa em comparação ao prejuízo operacional de US$ 138 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Com isso, a Disney alcança três trimestres consecutivos no azul neste segmento em expansão.

A receita dessa divisão cresceu 9%, impulsionada pelo aumento dos preços das assinaturas, que resultou em um maior faturamento médio por usuário (ARPU). No entanto, a base de assinantes do Disney+ caiu 1% no trimestre, e a empresa espera uma nova queda no segundo trimestre devido aos reajustes de preços.

Para o ano fiscal de 2025, a expectativa da diretoria é que o segmento de entretenimento via DTC gere US$ 1 bilhão em lucro operacional. Já para 2026, a previsão é atingir uma margem operacional de 10%, um contraste impressionante em relação ao prejuízo de US$ 4 bilhões registrado apenas dois anos atrás, em 2022.

Nos últimos anos, as ações da Disney sofreram forte pressão devido aos altos gastos para impulsionar sua plataforma de streaming desde o lançamento do Disney+ em novembro de 2019. Mas agora, os sinais indicam que a companhia conseguiu mudar esse cenário.

O potencial do mercado

O que antes era um desafio financeiro está se tornando uma vantagem estratégica. A Disney tem focado na redução de custos, priorizando a qualidade sobre a quantidade na produção de conteúdo. A empresa cortou US$ 1 bilhão do orçamento e prevê gastar US$ 23 bilhões em conteúdo no ano fiscal de 2025, um valor ligeiramente inferior ao do ano passado.

Olhando para o setor de streaming, a Netflix serve como um bom comparativo. A empresa projeta uma margem operacional de 29% em 2025. Embora seja improvável que a Disney alcance esse patamar, devido aos altos custos com direitos esportivos e produções de grande orçamento, é razoável imaginar que sua divisão DTC possa chegar a uma margem de 20% nos próximos anos. Esse resultado dependerá da capacidade da Disney de atrair novos assinantes e aumentar o ARPU.

Uma estratégia bem definida

Um dos grandes diferenciais da Disney está na oferta de um pacote de serviços que pode atender a toda a família. Com o lançamento do novo aplicativo de streaming da ESPN previsto para este outono, a empresa poderá oferecer uma combinação entre Disney+, Hulu e ESPN, cobrindo desde entretenimento infantil e familiar até séries de prestígio e eventos esportivos como jogos da NBA e NFL.

Essa abordagem tem potencial para fortalecer o engajamento do público e reduzir a taxa de cancelamento de assinaturas, consolidando a Disney como uma presença constante nos lares ao redor do mundo. Durante a conferência de resultados do primeiro trimestre de 2025, Bob Iger afirmou que o streaming é “o futuro do setor televisivo” e destacou que a empresa está se posicionando para liderar essa transformação.

Assim como em outras fases importantes da indústria do entretenimento, a Disney tem tudo para se destacar. Com uma divisão de streaming cada vez mais lucrativa, a empresa está reduzindo as incertezas que cercam seu modelo de negócios e criando condições favoráveis para um crescimento consistente no valor de suas ações.