Uma produção da Netflix considerada uma verdadeira joia escondida tem chamado atenção novamente, anos após sua estreia, ao conquistar uma nota perfeita no Rotten Tomatoes.

A cada mês, a plataforma de streaming adiciona uma grande variedade de novos títulos, o que faz com que muitos filmes e séries já disponíveis acabem ficando em segundo plano na lista dos assinantes.

Com um catálogo tão extenso, escolher o que assistir nem sempre é fácil, mesmo com as sugestões personalizadas do serviço baseadas no histórico de cada usuário. Por trás das indicações, existem diversos títulos que podem passar despercebidos — e foi exatamente isso que aconteceu com uma minissérie lançada há três anos.

A História da Criação do Spotify em “The Playlist”

Intitulada “The Playlist”, a produção de seis episódios apresenta uma versão dramatizada da criação do Spotify, uma das maiores plataformas de streaming de música do mundo. Inspirada no livro “Spotify Untold”, dos autores Sven Carlsson e Jonas Leijonhufvud, a série acompanha a trajetória conturbada do empreendedor Daniel Ek (interpretado por Edvin Endre) e de seu sócio Martin Lorentzon (Christian Hillborg).

Cada episódio foca em um aspecto diferente da indústria musical, levando o espectador a um desfecho inesperado que surpreende até os mais atentos. A produção foi elogiada por sua crítica contundente ao mercado da música, com a crítica Kate Sánchez afirmando: “The Playlist é quase perfeita. A minissérie eleva o padrão para todos os dramas biográficos que vierem depois dela.”

Apesar de não ter tido grande repercussão quando foi lançada em outubro de 2022, as avaliações foram majoritariamente positivas, resultando em uma pontuação máxima no Rotten Tomatoes.

Cancelamentos de Séries Ainda Frustram Usuários

Enquanto algumas produções ganham reconhecimento tardio, outras acabam sendo interrompidas precocemente, causando frustração nos assinantes. Nos últimos anos, a Netflix tem cancelado várias séries aclamadas mesmo diante de um público fiel, como foi o caso de “The OA”, “Mindhunter” e “Kaos”.

Recentemente, outra produção que acabou vítima desse fenômeno foi a série de mistério “The Residence”, estrelada por Uzo Aduba, conhecida por “Orange is the New Black”. Lançada em março, a série recebeu avaliações positivas e fãs demonstraram esperança de que a personagem Cordelia Cupp retornasse para novas investigações em temporadas futuras, numa pegada similar ao detetive Benoit Blanc, vivido por Daniel Craig em “Entre Facas e Segredos”.

Apesar do bom desempenho inicial, acredita-se que a Netflix esperava números ainda maiores para a produção, o que pode ter sido influenciado pelo lançamento de “Adolescence”, outro grande sucesso da plataforma, apenas uma semana antes.

Novo Suspense Policial Italiano Estreia em Outubro

A Netflix anunciou para 22 de outubro a estreia de “O Monstro de Florença”, minissérie dirigida pelo renomado cineasta italiano Stefano Sollima, especialista em tramas de suspense e crime. O projeto, que ganhou um novo teaser, mergulha em uma sequência de assassinatos de caráter sexual ocorridos nos arredores de Florença entre o fim dos anos 1960 e meados dos anos 1980.

Com apenas quatro episódios, a série foi gravada majoritariamente em locações reais e reúne novamente Sollima, o roteirista Leonardo Fasoli e o diretor de fotografia Paolo Carnera, parceiros de trabalhos anteriores como “Gomorra” e “ZeroZeroZero”.

Sollima se dedicou por mais de um ano à investigação do caso, que permanece sem solução e é considerado um dos mais brutais da história policial italiana. O chamado “Monstro de Florença” — ou “Il Mostro”, em italiano — ficou conhecido por cometer oito assassinatos duplos, sempre contra casais em carros e usando a mesma arma: uma pistola Beretta calibre 22.

Além da direção de Sollima, a minissérie conta com um elenco italiano formado por Marco Bullitta, Valentino Mannias, Francesca Olia, Liliana Bottone, Giacomo Fadda, Antonio Tintis e Giordano Mannu. O projeto é uma criação de Fasoli e Sollima, produzido pela The Apartment, do grupo Fremantle, e pela AlterEgo, produtora de Sollima. Os produtores responsáveis são Lorenzo Mieli, o próprio Sollima e Gina Gardini.